Na quarta-feira, 25 de setembro, o Núcleo de Enfrentamento à Violência e à Exploração Sexual contra a Criança e o Adolescente (Nevesca) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) promoveu uma roda de conversa na Escola Classe 604 de Samambaia. A palestra teve o intuito de orientar os profissionais da educação a identificar, acolher e não se omitir diante de possíveis casos de violência sexual.
A promotora de justiça e coordenadora do Nevesca, Camila Costa Britto, reforça o papel fundamental da escola na identificação e prevenção da violência sexual, já que o local é considerado o segundo ambiente onde crianças e adolescentes passam mais tempo. "A escola é um espaço privilegiado para a identificação e denúncia desses casos, pois os alunos convivem de forma contínua com seus professores, em quem costumam confiar", afirma.
No encontro, os professores receberam instruções a respeito do preenchimento correto do relatório de revelação, documento essencial quando uma criança ou adolescente relata abusos. Também foi abordado o tema da educação sexual, mostrando que essa prática é uma medida preventiva, e não busca incentivar a erotização. A ação educacional orienta crianças e adolescentes sobre os limites do próprio corpo, ajudando a protegê-los de abusos.
Fluxo de atendimento
O fluxo de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual é um protocolo desenvolvido pelas redes de proteção de Samambaia, Recanto das Emas e Água Quente. Ele estabelece um processo integrado e articulado de atendimento, a partir do relatório de revelação, que é encaminhado às autoridades competentes. O objetivo é garantir um atendimento rápido, eficaz e sem revitimização, protegendo os direitos e a dignidade das vítimas.
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